
O Prêmio Jovem Cientista está de volta e realizou, nesta quarta-feira (12), a entrega das honrarias a dez pesquisadores e duas instituições agraciadas na 30ª edição. A cerimônia, que ocorreu no Sesi Lab, em Brasília, contou com a presença da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos; e do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão. Sob o tema “Conectividade e inclusão digital”, o prêmio retorna após ter sido paralisado em 2019.
“Estamos aqui resgatando uma tradição que foi interrompida. O Prêmio Jovem Cientista, que nasceu lá em 1981 e hoje retorna, simboliza não apenas um novo momento para a ciência no Brasil, mas a reafirmação do compromisso do governo do presidente Lula e do nosso ministério com a valorização do conhecimento, da inovação e do desenvolvimento científico e tecnológico”, pontuou a ministra Luciana Santos durante o evento.
Na edição de 2024, foram 801 inscrições em cinco categorias: Mestre e Doutor, Ensino Superior, Ensino Médio, Mérito Institucional e Mérito Científico, que celebra um pesquisador doutor que, em sua trajetória, tenha se destacado na área relacionada ao tema da edição.
“Eu espero que isso seja um novo farol para os jovens perceberem que a carreira científica pode sim ser desempenhada por eles, por todos aqueles que têm vocação, das classes mais baixas, das classes mais beneficiadas, porque nós precisamos da colaboração de todos esses jovens. Nós queremos tornar o país um país do futuro, um país na fronteira da ciência e do desenvolvimento tecnológico”, enfatizou o presidente do CNPq Ricardo Galvão.
Cada categoria do prêmio atende a um determinado público. Para concorrer como Mestre e Doutor, foram aceitos estudantes de mestrado, mestres, estudantes de doutorado e doutores com até 39 anos de idade em 31 de dezembro de 2024. Já em Estudante do Ensino Superior, estudantes que estavam frequentando cursos de graduação ou que tenham concluído a graduação a partir de 1º de janeiro de 2023 e tinham menos de 30 anos de idade em 31 de dezembro de 2024 puderam se inscrever. Para concorrer na categoria “Estudante de Ensino Médio”, os alunos deviam estar regularmente matriculados em escolas públicas ou privadas de Ensino Médio e Profissional e Tecnológico, com menos de 25 anos de idade em 31 de dezembro de 2024.
Vencedora na categoria Estudante de Ensino Superior, a graduanda Arienny Carina Ramos, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, desenvolveu a pesquisa “Gênero e Poder no Ciberespaço: a Dinâmica do Assédio Sexual Contra Estudantes do Sexo Feminino nas Redes Sociais Online”, com orientação de Breno Alencar. Primeira pessoa da família a ter acesso ao nível superior, no momento em que recebia o troféu, a jovem detalhou o processo do estudo que culminou em uma cartilha institucional.
“Busquei identificar quais grupos de mulheres são as mais vulneráveis a essa violência no ciberespaço, com destaque para mulheres de baixa renda e etnias marginalizadas. Como resultado, elaborei uma cartilha instrucional para auxiliar na identificação e sobretudo denunciar casos de assédio online promovendo o ambiente digital mais seguro”, explicou a estudante.
Ainda no evento, a ministra Luciana Santos anunciou o tema da 31º edição. “Eu quero aproveitar essa celebração para, junto com os parceiros que estão aqui comigo, lançar a próxima edição: Resposta às mudanças climáticas: Ciência, Tecnologia e Inovação como aliadas”, revelou a titular do MCTI.