Obras que são anunciadas com pompa e circunstância, muitas vezes em meio a grandes eventos, que criam uma grande expectativa na população, inflam o ego de agentes políticos, mas que de uma hora para outra, são paralisadas e muitas delas canceladas, sem muitas explicações. Praticamente todas as cidades do país já viveram esse verdadeiro drama administrativo. 

Para coibir essa prática, os Tribunais de Contas dos estados têm investido cada vez mais na fiscalização e punição a gestores, que de forma proposital ou mesmo por pura irresponsabilidade causem prejuízos ao erário público.

Em entrevista concedida a Rede Pernambuco de Rádios e ao Blog do Alberes Xavier, o presidente do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE), Valdecir Pascoal, falou sobre as medidas adotadas no estado com o intuito de minimizar o número de obras paralisadas. “Os Tribunais não ignoram as dificuldades que muitos gestores enfrentam na hora de tirar uma obra do papel, pois sabemos que obras enfrentam obstáculos, percalços, mas também não podemos fechar os olhos para obras que são paralisadas, fruto de projetos mal elaborados e de serviços mal feitos”, disse ele.

Valdecir Pascoal falou ainda que o TCE está atento a execução de obras, atuando de forma firme na fiscalização, para a detecção de eventuais erros, contando para isso com uma equipe composta por auditores engenheiros. “Nosso objetivo é diferenciar, aquilo que pode acontecer em uma obra, daquilo que é grave e ocasionou dano ao erário. Aquilo que pode acontecer, está sujeito a recomendações orientações, já aquilo que for detectado como irregular estará sujeito a sanções e até mesmo a responsabilização na esfera penal e de improbidade, com o encaminhamento de relatórios ao Ministério Público”, falou.