
Durante a cerimônia de posse do novo presidente do Consórcio do Nordeste, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, nesta quarta-feira (5), em Brasília, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou os investimentos da pasta para impulsionar o desenvolvimento regional.
“No Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, estamos empenhados em enfrentar as assimetrias regionais e lançar um olhar cuidadoso para as vocações e competências da região” afirmou.
A ministra apontou o Pró-Infra, como medida que visa recuperar, expandir e modernizar a infraestrutura de pesquisa do país. O programa tem pelo menos 30% dos recursos destinados às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
“Além disso, nós criamos o Pró-infra Desenvolvimento Regional, que está destinando R$ 600 milhões especificamente para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste”, ressaltou Luciana Santos.
Luciana anunciou que, entre os anos de 2025 e 2026, a expectativa é ter investido pelo menos R$ 2,49 bilhões nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apenas dentro do Pró-Infra.
Crédito para enfrentar desigualdades regionais
O novo presidente do Consórcio Nordeste, Rafael Fonteles, reforçou a necessidade de apoio dos governadores e ministros para ampliar o acesso ao crédito e impulsionar o crescimento regional.
“Os créditos para o Nordeste realmente aumentaram, mas, quando eu faço o recorte, o Nordeste ainda tem um porcentual inferior à participação no PIB”, disse. O mandato de Fonteles começou no dia 1º de janeiro e vai até 31 de dezembro de 2025.
Ele também defendeu um diálogo mais próximo com instituições de financiamento para ampliar o crédito para os estados nordestinos.
“Nós precisamos conversar com o BNDES, com a FINEP, com todos os Fundos, como o FNDCT, o de transportes, o Plano Safra, para que a parte do crédito nacional para o Nordeste seja, pelo menos, proporcional a nossa população para a gente poder de fato corrigir as desigualdades regionais”, completou o governador.
A ministra enfatizou que o Governo Federal deu a oportunidade para resgatar um ciclo virtuoso que a região já havia experimentado, em mandatos do presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff. “Voltamos a ver o Nordeste crescer mais que o Brasil. Isso não é obra do acaso, é fruto de decisão e de política pública. É reconhecer o papel estratégico do Nordeste para o desenvolvimento nacional e para a redução de desigualdades histórica”, disse.
Investimentos do MCTI no Nordeste
Com a recomposição do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação tem atuado para fortalecer a infraestrutura tecnológica, capacitar a força de trabalho e ampliar a inclusão digital. Nos últimos dois anos, a Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep) já desembolsou R$ 1,17 bilhão para o Nordeste, por meio de crédito, recursos não reembolsáveis e subvenção.
“Só em janeiro desse ano, já liberamos mais R$60 milhões, antes mesmo da aprovação da Lei Orçamentária. Somando os quatro anos do governo anterior, o desembolso total foi de cerca de R$665 milhões. Ou seja, nós tivemos uma ampliação no desembolso médio anual superior a 252% na região. São números muito expressivos, mas queremos fazer mais”, destacou a ministra.